a virgem de seu senhor
Há qualquer coisa que acaba sem haver pedra desmoronada porque o musgo calça. É uma argamassa de natureza viva que não deixa apartar a tosca pedraria dos muros em conjugação. Começou o fumo a subir desde as chaminés e nem por isso faz frio que mereça tamanha combustão. As folhas caídas numa humidade que me incomoda. Deviam ser caídas e quebradiças, pegar-lhes na mão e sentir que se estalam, em migalhas, pela força dos dedos. E eu filtro até ao pormenor de tudo quanto vejo de passagem, que já filtrado vou pela ténue luz de novembro quando não chove. E isto significa que nem árvores redondas nem pássaros discutindo a vida na sua verborreia de chilreios. O meu passo acelera. Quero voltar. Ali, aonde sempre estive. Aonde os livros me esperam, e a toada silenciosa do papel alvo que grita e grita, e grita, gritando constantemente por mim como os infantes de leite que não sabem ainda como dar conta do seu sustento. E são lombadas, sombras com letras timbradas, aqueles livros como gatos de com...