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último delírio

macieira

foto de Alexey Segue o carinho da minha mão com a tua, descendo e sem insinuação sobre o teu corpo com a brisa que percorre a manhã clara num prado de eternos sonhos. Gota a gota, o orvalho como contas do nosso humor. O teu ventre exala um hálito de gula, faz-se de forno de uma casa onde habita, em singela atitude, o nosso desejo. Fruto agridoce nascido nas madrugadas de abril, enquanto maduro maio ensaia o verão. Nessa altura, então, ver-nos-ão nuas, correndo contra a falácia da família tradicional, com as papoilas crescidas indiferentes à giesta amarela, crendice contra o bicho-peçonha, tão antigo quão cinzento. Dás ao ombro, com esse teu sorriso. E eu rindo. Mais adiante, sangue do nosso sangue porque dos nossos seios há-de beber, correrá também o nosso Adão infante sinalizando a alegria da nossa pequena casa com gatos observando os pequenos bichos entre a horta, na qual ambas temos vindo suando para construir o futuro que queremos. Um futuro com outra paz que não um simples ramo de

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