anfitrião
recebe bem. Casa cujas telhas voaram
com as intempéries e continua tão linda!
No chão poeira com o rasto por onde ando
em corredor imenso; da entrada à cozinha
as portas côncavas, frinchas onde espreitar
para dentro dos quartos.
Não já tenho pratos
ou copos, mas fogo para carnes assar,
odres por onde beber colheita da vinha
que sangrou, morangueira. E um pomar
nas traseiras, perto onde há a casinha
que se usa na aflição quando para mijar
ou o quer que seja. É uma casa em ruína
mas a casa que vos espera.
Não vos levante a suspeita
de que aqui andam ratazanas roendo
o que sobra. O que por cá tem rotina
é o quanto para as visitas vai havendo.
Para esses roedores não há saída
ou sequer entram, como o mosquedo
e criaturas outras, ainda vermes sendo.
A ruína sobrevive com o que há.
Venham outra vez por cá!
Comentários
Enviar um comentário