inferior degrau
Nada por tudo tem maior significado do que o irrisório tudo por todos, quando tudo e todos nada são, senão o pão duro varejado de bolor no inferior degrau, e quando do musgo: a humanidade. O lodo que os rios testemunham quando em seus leitos os detritos estão na vez da água, fungos crescendo sob o sol de sobrolho caído. A fúria do fogo e todo o suor de novos impérios erguidos em vão, onde os sempre eternos poetas caídos como loucos jograis de novos césares inusitados. Proliferam as bactérias, entre o limo viscoso, e novos-velhos vírus, libertados pelo degelo. Dos mares, nascente de novos medos, temores; dos glaciares, a crescente extinção em massa que a maioria nega. E não sabem, negacionistas e normais cépticos, que sémen nenhum está a salvo. Noé hoje seria uma formiga, traçando carreiro assertivo e disciplinado, impedido a espécies parasitas. Nenhuma prole humana, portanto, a começar por alto. Somos dominantes, dizemos que somos, mas estaremos sempre no inferior degrau para a salvação.
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foto de Igor Kapustin
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