boca minha
Quando relato nenhum e palavra nenhuma
habitam o quarto suspenso pelos dedos
diagonais das sombras, há um fio de
cabelo varrido por ligeira aragem interior
- o hálito dos medos.
Nenhum espaço secreto, porém, se
estão os cantos limpos de pó e dor
a impressionar os hóspedes da tarde.
Eu sou um cicerone-espelho, antipático.
Aquele que vos convida a assistir a cada
demónio que vos persegue até que haja
noite que vos engula, desde a tenebrosa
boca minha.
_
foto de Sergii Vidov
diagonais das sombras, há um fio de
cabelo varrido por ligeira aragem interior
- o hálito dos medos.
Nenhum espaço secreto, porém, se
estão os cantos limpos de pó e dor
a impressionar os hóspedes da tarde.
Eu sou um cicerone-espelho, antipático.
Aquele que vos convida a assistir a cada
demónio que vos persegue até que haja
noite que vos engula, desde a tenebrosa
boca minha.
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foto de Sergii Vidov
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