taquicardia
Comprometo o músculo cardíaco com a indução do álcool na vã tentativa de contornar por fora a circunstância da solidão. Quis sentir-me como as ovelhas, ufanas no seu trote estival pelo pasto. A liberdade pode ser imensurável quando não sentimos o efémero a acometer-nos por cada momento que passa esvaindo como areia entre os dedos. Abomino o corpo exigindo-lhe a ressurreição, se dizem que cristo é vivo em cada um de nós. Vou resgatar gestos pueris com o argumento da falta de juízo. Por favor: não me atormentes com o frio roxo dos lábios em labuta contra a minha falta de erecção. Não se ressuscita os mortos por dolência de desejo. O fio de vida é ténue para essas tão imperiais ambições do corpo.
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(imagem de autor desconhecido)
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