miserere nobis

foto de Rosiane Werner



Nada por tudo tem menor significado
do que a magnificência de tudo por todos
quando todos nada são, senão um pão
duro, verde de bolor no inferior
degrau, e o musgo.
A humanidade. O tão ilustrado
mapa da ascendência, dos lodos
que os rios testemunharão
quando o seu leito de pedras for
declive, e o fungo.
Não ascenderá o musgo.
A fúria do fogo e todo o suor
sempre novos impérios erguerão
onde os poetas serão os loucos
jograis de um césar inusitado.
Subirá nunca o fungo,
que dos mares virá medo, temor
e deles será a milésima destruição
na qual acreditam poucos.
Mas nenhum sémen será salvo.


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