segundo e quarto andamentos

Kültür Tava

Cresce, pelo interior de mim, o inominável. Dilato o peito por me encher de comiseração, muito de hesitar, um prego invisível sobre as pálpebras a evitar que os olhos se desmanchem de inconfidência. Porventura saberás, não por to dizer ou do uso de qualquer signo extraordinário à simplicidade de haver compreensão de tudo se desmoronar num suplício chorado, embora a seco e em silêncio. Digo antes: detenho a minha finitude em mim mesmo, a roer, corroendo, como um cancro que consome. Visível nas minhas feições brancas, de pálida angústia, e sem esgares, a flagrante apatia que dita o estender do corpo sem alma ou fito de haver existência. A irreversível morte. Por mais palavras que possas ter, e dizer. Arruína-se tudo, no fundo de tão cá dentro, poço consumido, e eu, de corpo erguido e ambulante, a passear essas ruínas como cavalo de madeira a inflamar a curiosidade que veio sempre a matar o gato: os teus olhos claros, marejados de consequentes ondas de desilusão.


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