assim é

Oblivion, por Michael Magin


Assim é a tua boca, fonte pequena que sacia sede das aves pequenas. Os teus olhos como as sombras dos bosques frescos, os teus seios o repouso do feno e a sede do pêssego. Nos teus ombros a colina onde me perco por atalhos e trilhos de nardos e giesta. 

Amar assim a tua boca, os teus olhos, a tempestade da melena semeando ventos sobre a almofada, penetrar a virgem paisagem do teu corpo. Nascer assim em ti no novo dia, navegando colorido de azul pela cintilação macia da tua voz. 

A fome do beijo, o sabor morango sobre o lábio encarnado na sede e no desejo. Fremem os corpos na cama, a paz entrelaçada nas mãos, os dedos em festa e o olhar que transforma o abraço num aperto, o coração que nos apela: 


foi como a sensação de um primeiro beijo
um corpo quente envolvendo o meu
o som libidinoso de um harpejo
o meu corpo entrando no teu

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