sempre melhor



Será sempre melhor, o mais desejado
(ainda que me abstenha em silêncios)
sentir o odor e a textura da tua pele
a tua boca sobre a minha
os teus mamilos injectados de volúpia
sobre os meus lábios, sobre o meu peito
a flora da tua vulva degustada pela minha língua
e os meus olhos maravilhados a centímetros
da realidade do teu corpo.

Isto podia ser um poema, mas não é.
Dizia esse poeta que
o poeta
(ele e outros)
é um fingidor.
O amor, asseguro-te, não se finge
e o desejo do teu corpo no meu ainda menos.

Angústia é não saber quando virá o tempo
de deixar de o escrever
– descrever –
e, tão só, voltar a
senti-lo.

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