parábola



Sem demorar longamente
a entender o prazer
táctil dos meus dedos
sobre o meu corpo
e do que dele fizeste,
queria-te mar.
Entender como tecias
fragmentos de luz e água
na contenção espasmódica
entre as minhas pernas
e saber do doce alento
dos meus seios
na tua língua, do profundo beijo
que me remetias
como cartas de amores antigos
a prometer eterna felicidade.
Tudo isso são grãos de areia
que anseio agora cobertos
pela espuma das ondas.
O mar de ti é a parábola perfeita,
meu amor,
para o fim do meu orgasmo.


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