ainda o ar líquido do verão
Karin Kulmann (daqui)
Vens pela minha mão e dizes como é tão bom saborear o outono ainda com o ar líquido do verão. Pisamos a erva verde sob o brilho do sol, abrimos o olfacto à maresia, e seguimos para a areia abraçados caindo no chão num rebolar de risos e liberdade. Os teus cabelos soltam brisas, os teus olhos pérolas marítimas.
Quando nos chegamos com o rosto tudo ferve de côr. Os lábios aproximam-se, reconhecem-se, esmagam-se profundos. Comungam as línguas, os dedos, os ventres. O vagar dos braços como nós atando os corpos fremindo. Sim, como é bom viajar sobre ti colorida de outono e ainda com o ar líquido do verão.
Arrastas o passo vaidoso, o vestido subido acima dos joelhos, os pés colocando a pose do teu sorriso atrevido: gargalhadas adolescentes, famintas do mundo.
A alegria de sentir a vida como um sol vem tudo de ti. Pertenço-te, sem efemeridades.
Quando nos chegamos com o rosto tudo ferve de côr. Os lábios aproximam-se, reconhecem-se, esmagam-se profundos. Comungam as línguas, os dedos, os ventres. O vagar dos braços como nós atando os corpos fremindo. Sim, como é bom viajar sobre ti colorida de outono e ainda com o ar líquido do verão.
Arrastas o passo vaidoso, o vestido subido acima dos joelhos, os pés colocando a pose do teu sorriso atrevido: gargalhadas adolescentes, famintas do mundo.
A alegria de sentir a vida como um sol vem tudo de ti. Pertenço-te, sem efemeridades.
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